25 de abril de 2011

ESTAFILOCOCOS, COMO NÓS OS TRANSMITIMOS ÀS NOSSAS AVES

Um criador que faz o favor de ouvir os meus conselhos quando precisa de esclarecer alguma dúvida, telefonou-me um destes dias e disse-me uma coisa que, confesso, estava longe de suspeitar nós, criadores, contaminámos as nossas aves com estafilococos!

Este criador andava com problemas na criação pois os embriões estavam a ser mal gerados; não se formavam totalmente e aqueles que se formavam não eclodiam. Com base não só em dicas minhas como de outros criadores lá foi fazendo uma série de experiências infelizmente sem qualquer resultado prático até que por interposto amigo conseguiu uma mandar fazer uma análise laboratorial a alguns dos embriões, tendo sido detectada a presença de estafilococos nos mesmos. Achado o problema foi só dar o medicamento certo e as coisas correram normalmente; o curioso é que as análises vieram como “recado” de ser aconselhável o uso de luvas no manuseamento não só dos canários mas também dos ovos, pois a nossa pele porta os estafilococos (isto dito por ele) que transmite às aves.


Curioso com esta “descoberta” andei a pesquisar por diversos artigos, blogues e fóruns que falavam sobre Estafilococos, fiz uma pequena síntese do que li e que me pareceu ser mais importante como a seguir segue:

Os Estafilococos, nome científico Staphylococcus Aureus, são uma bactéria comummente conhecida pelos criadores como causadora de lesões nas patas dos canários que causa necroses levando à perda de dedos e, por vezes, à morte do canário. Esta bactéria que pode ser transmitida de variadas formas aos canários, desde picadelas de insectos, passando por sobrelotação do local onde os canários se encontram alojados, tem uma particularidade que eu desconhecia; é que o próprio criador a pode transmitir aos canários não só ao pegar neles como, inclusive, transmiti-la através do manuseamento dos ovos, por exemplo: ao retirá-los, dos ninhos, para os trocar por ovos falsos enquanto a postura não termina, sendo esse motivo, para mim, possivelmente um dos principais transmissores dessa bactéria às aves. Os Estafilococos como a casca do ovo é porosa, atravessam-na facilmente quando os manuseamos sem a utilização de umas luvas, pois esta bactéria é transmitida através da pele das nossas mãos.


Sabemos que há doenças com sintomas tão idênticos, nas aves, que por vezes é uma lotaria acertar no tratamento das mesmas e esta bactéria tem a particularidade de impedir o bom desenvolvimento dos embriões nos ovos levando à sua morte prematura; geralmente levamos para a falta de calor no choco ou até atribuímos à trovoada estes pequenos grandes pormenores ou levamo-los até para outras situações  ou campos, como por exemplo atribuir a uma alimentação inadequada a inflamação do fígado da ave que se apresenta congestionado e que acaba por levar à morte da mesma, quando afinal o mal é outro.

Como em praticamente todos os casos relacionados com aves um método preventivo eficaz passa pela constante limpeza das instalações, higienização do material utilizado, limpeza dos fundos e poleiros das gaiolas e evitar excesso de lotação de aves numa mesma voadora e, por conseguinte, sendo aconselhável a utilização de luvas quando se pega numa ave mas particularmente quando se manuseiam os ovos. Por acaso utilizo pontualmente luvas para pegar nos canários mas mais no inverno quando tenho as mãos frias.


Num dos artigos que li especificamente sobre os estafilococos era aconselhado a não colocação de ovos em cima de sementes enquanto aguardavam para serem colocados debaixo das canárias!

Como tratamento devem ser utilizados antibióticos apropriados para a aquela patologia existentes no mercado, como por exemplo a Enroxina, da Zoopan.